domingo, 28 de agosto de 2011

A VELHA CASA



Parte da parede em pedra gasta que se abriu ferida em tempo vasta...
Como se desgasta também o amor em vidas...
Muitas feridas de cicatrizes que não fecham...
Como o arco lança flecha e um buraco deixa a brecha...
Um rombo na parede pede água e não tem sede...
Tem fome e não se come...
Paredes e vidas de amores agora sem cores desfiguram...
O quadro de barco à vela...
A vela acesa em outro quadro adentro ao candelabro vai se apagar...
Em noite de última festa aumenta o buraco da fresta...
Ruptura de amor...
Como câncer no peito...
Parede exposta teu tumor...
E o amor falece antes das trincas dos últimos tijolos...
A velha casa será demolida a parede foi tomada pelo alastro do descaso...
Do tempo sem o sustento...
Em vida sem manutenção...
Talvez, nem as flores dos jardins foram mais regadas...
As paredes rasgadas foram desalmadas
E, as pessoas desamadas antes mesmo da demolição...
Tenho saudades daquela velha casa...
Não era nenhuma mansão ao menos um palacete...
Mas, ali morava o meu amor...
As paredes amarelas antes eram belas...
Bem antes das crateras...
Sabe !!! O meu amor morreu...
Hoje a casinha foi demolida e o meu grito agora !!!
Não fará mais diferença alguma.

PAM
Pam Poeta

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